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Will Smith fala sobre tapa em Chris Rock e cancelamento em nova música: ‘Palhaços sabem provocar’


Do Oscar ao estúdio, Will Smith transforma o tapa mais comentado da história do cinema em versos. Depois de duas décadas longe dos álbuns solo, o ator e rapper americano volta à cena musical — e não evita os fantasmas do passado. Em novo álbum e em freestyle para o Apple Music, ele rima sobre cancelamento, fama, masculinidade e, sim, o incidente com Chris Rock em 2022.

A música depois do silêncio

Will Smith está de volta com Based on a True Story, seu primeiro álbum solo em 20 anos — e como o título antecipa, o projeto não foge da realidade. A faixa “Int. Barbershop — Day” já abre com uma metalinguagem afiada: “Will Smith está cancelado”. As vozes que ecoam na música simulam conversas de salão, onde se especula sobre a queda e a ressurreição pública do artista após a agressão no Oscar.

“Ouvi dizer que ele ganhou o Oscar mas teve que devolver/ E você sabe que só fizeram ele fazer isso porque ele é negro”, diz uma das vozes. Vale lembrar que Smith não foi obrigado a devolver sua estatueta de Melhor Ator por King Richard, mas o episódio ofuscou o feito.

Ainda na música, uma outra fala simula o grito que ficou marcado em 2022: “É melhor você manter o nome da esposa dele fora da sua boca”. A frase remete diretamente ao que Smith disse em tom alterado a Chris Rock, após o comediante fazer piada com a cabeça raspada de Jada Pinkett Smith, que sofre de alopecia.

A resposta artística vai além do álbum. No programa Fire in the Booth, comandado por Charlie Sloth na Apple Music, Smith participou de um freestyle em que parece novamente tocar no assunto com versos que dividem opiniões:

“Se você estiver falando besteira no palco e me desrespeitando, pode me esperar no palco. Jokers dish it out, cry foul when it’s time to take it.”

A ambiguidade do trecho levantou discussões: seria uma confissão tardia ou uma metáfora mais ampla sobre o peso da fama e as regras do jogo?

Entre o tapa e a reinvenção

Smith não tenta apagar o episódio. Pelo contrário, trata o tapa como catalisador de reflexões sobre masculinidade, orgulho e a natureza volátil da cultura do cancelamento. No freestyle, ele afirma:

“Não sou o tipo de homem que age de forma maliciosa e sou adulto demais para fazer joguinhos infantis.”

E completa com orgulho: “Oscars, Emmys, Grammys, e quando eu os encaro, os ouço sussurrar: ‘Você tem todo o direito de ser arrogante.’”

O rapper — também ator premiado e ex-astro de reality e comédias familiares — recorre à música como válvula de escape e reposicionamento. Em um momento, canta:

“Aguentei muito, estou de volta ao topo/ Vocês vão ter que se acostumar/ Não vou parar, minha parada ainda é quente/ Mesmo que eu não seja mais indicado.”

Desde o Oscar de 2022, Smith foi banido por dez anos da cerimônia da Academia. Ele se desculpou publicamente com Chris Rock, gravou vídeos expressando arrependimento e tem mantido um perfil discreto desde então. Rock, por sua vez, também abordou o tema em seu especial de stand-up em 2023, de forma bem menos conciliadora.



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