Ainda que os prêmios sejam importantes, há algo que muitos consideram ainda mais valioso: o respeito e o reconhecimento dos fãs — e, sobretudo, dos colegas de profissão. Em Hollywood, o Oscar é o maior galardão a que pode aspirar um ator de cinema. Quem conquista a estatueta atinge um pico de popularidade que, além de difícil de alcançar, é ainda mais desafiador de manter. No entanto, há quem diga que, para muitos artistas, os elogios de um colega podem ser tão ou mais significativos que o prêmio. Assim como o público os admira e paga para vê-los na telona, eles também têm seus próprios ídolos. Clint Eastwood revelou certa vez o nome do único ator que admirou, aquele que o inspirou seu jeito de fazer cinema e deixou uma marca indelével em sua carreira.
Eastwood é uma das vozes mais respeitadas da indústria cinematográfica. Sua filmografia soma mais de 70 títulos, entre os quais se destacam “Os imperdoáveis” e “Menina de ouro”, que lhe renderam o Oscar de melhor filme e melhor diretor em 1993 e 2005, respectivamente, além de “Sobre meninos e lobos” e “Gran Torino”. Aos 95 anos, ele continua fazendo cinema. Seu filme mais recente como diretor, “Júri nº 2”estreou no ano passado e foi muito bem recebido tanto pela crítica quanto pelo público: 90% de aprovação no Rotten Tomatoes e nota 7/10 no site especializado IMDb.
Mas assim como muitos o consideram seu ator e diretor favorito, Eastwood também tem uma estrela predileta. Quem? James Cagney, protagonista de “Anjos de cara suja”, “A canção da vitória” e “Heróis esquecidos”. O ator brilhou em Hollywood, especialmente entre as décadas de 1930 e 1950. Faleceu em 30 de março de 1986, aos 86 anos, deixando uma impressão duradoura em Eastwood.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/o/H/BfBV1HSfeuxe5EZ68KDg/james-cagney.jpg)
“Nunca fui fã de nenhum ator em particular, exceto de James Cagney”, revelou o diretor de “Invictus” em entrevista a Patrick McGilligan, citada no livro “Clint Eastwood: interviews”, de 1999. “Sempre gostei do estilo e da energia dele. Ele não tinha medo”, afirmou, sem poupar elogios ao vencedor do Oscar: “Os filmes foram inventados para Jimmy Cagney, e ele foi inventado para o cinema”.
Além de considerá-lo seu ator favorito, Eastwood se inspirou no trabalho de Cagney para criar seus próprios filmes e interpretações. “Quando ele aparece em ‘Fúria sanguinária’ comendo uma coxa de frango e atirando em um sujeito dentro do porta-malas de um carro, você pensa: ‘sim, isso é perturbador, mas de um jeito fascinante’”, comentou em entrevista à revista americana Entertainment Weekly.
Diversas estrelas de Hollywood já revelaram publicamente os atores que as deslumbraram e influenciaram suas carreiras. Assim como Eastwood escolheu Cagney, recentemente Brad Pitt colocou no topo de seu pódio duas atrizes de “primeira linha”. Quem? Geena Davis e Susan Sarandon, com quem contracenou em “Thelma & Louise”, filme de 1991 dirigido por Ridley Scott. “Quando as conheci pela primeira vez, fiquei impressionado. Mas superei rápido”, contou em entrevista recente a um podcast.
Ele também recordou a cena íntima que gravou com Davis: “Geena foi muito doce, gentil e cuidadosa. Aquela cena de amor, acho que levou dois dias de filmagem. Ela cuidou de mim”.