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organização da Maratona do Rio reage a críticas e faz balanço da edição 2025


A Maratona do Rio colocou 60 mil corredores nas ruas, entre quinta e domingo, e agora encara desafios proporcionais ao seu crescimento — das enormes filas para a retirada de kit (criticado por ter apenas camiseta e número de peito) à falta de medalhas na prova dos 5 km, logo na abertura do evento.

Cláudio Romano, vice-presidente de marketing e negócios da Dream Factory, e Pedro Pereira, gerente de produto da Maratona do Rio, listaram erros e acertos da edição mais cobiçada do evento, reconhecida pela Brand Finance, consultoria internacional especializada, como a 11ª maratona mais valiosa do mundo, liderando na América Latina.

— Não queremos ser uma prova reconhecida pelo tamanho do seu kit, ou se o corredor receberá uma cesta básica. Nossa meta é dar experiências de prova e pós-prova maravilhosas — afirma Cláudio. — Quem aproveitou a arena pós-prova, com suas ativações e brincadeiras, saiu cheio de brinde. E mais: curtiu shows e aproveitou esta vista linda. Prova que não tem tudo isso, aí sim, pode dar um kit legal.

Pedro lembrou que a Maratona de Berlim, uma das sete Majorssó entrega o número. Quem quiser a camisa tem de comprar. Ele disse ainda que foi opção da organização não fornecer o gel de carboidrato na sacola do kit e, sim, em pontos de hidratação nas provas de 21km (um ponto) e 42 km (dois).

Os dois acreditam, porém, que é preciso melhorar o serviço de entrega dos kits. Pedro explicou que, apesar da estrutura para receber os corredores em quatro dias, a entrega se concentrou nos dois primeiros. Na sexta-feira, por exemplo, muita gente chegou antes da abertura, às 11h, e a fila ficou gigantesca. Depois das 14h, não havia mais espera.

— As pessoas não respeitaram as marcações de dias e horários para a retirada. Todo mundo foi nos mesmos dias e horários, e colapsou. Essa operação será totalmente reformulada para atender o público com conforto, mesmo se todos forem retirar kit no mesmo horário — afirmou Pedro.

Os organizadores também prometeram melhorar a experiência no entorno da arena, que registrou “invasão dos ambulantes”, e intensificar a fiscalização em relação a falsificações. Também pretendem, junto à Adidas, otimizar o fluxo da loja da marca na Casa Maratona, que teve enormes filas para pagamento.

— Tivemos, basicamente, questões com falsificação de número de peito e com pipocas na prova dos 5 km. Nas seguintes, a operação foi mais rígida, e não houve problemas como falta de medalha. Por estar cada vez mais desejada e com inscrições esgotadas com antecedência, as falsificações aumentaram. Vamos melhorar o controle na prova e confeccionar números de peito mais complexos para a cópia — avisou Cláudio, que no ano que vem produzirá mais que 20% de excedente em medalhas.

Entre os pontos positivos, os organizadores citaram a estrutura da arena na Marina da Glória, local de grande circulação no pós-prova, onde aconteceram as ativações e os shows. E as largadas em ondas nos quatro dias de prova.

Pedro explicou que, no ano passado, as ondas foram realizadas segundo o tempo informado pelos atletas, mas o plano não funcionou. Por isso, para a edição de 2025, a organização estabeleceu subdivisões dentro de cada intervalo de tempo. Na largada, grades altas foram usadas para a separação e seguranças ficaram nas entradas para orientação. Segundo ele, as provas foram fluídas, e as pessoas conseguiram desenvolver bem a corrida.

— Sabemos que tem gente que mente o pace para entrar em onda à frente ou que força a entrada na largada que não é a sua. E tudo bem, vamos começar a ser mais restritos, exigir comprovantes de tempo, ter mais segurança… É fácil culpar só a organização. É preciso olhar para o outro também, e respeitar todos — comentou Cláudio.

Corredores reclamaram ainda da quantidade de largadas em onda e do tempo de espera. Criticaram a medida por causa do calor, uma vez que o tempo de prova se estendeu.

— As ondas são necessárias em qualquer prova do mundo. Tem um ponto que não tem como mudar, que é o Rio de Janeiro. Quem quer correr o Rio, tem de encarar essa questão do clima. O Rio de Janeiro não é Berlim, não é frio — finalizou Cláudio.



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