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Grande construtora portuguesa vende hotéis enquanto turismo bate recordes


A Vanguard Properties, uma das primeiras investidoras no boom imobiliário de Portugal há quase uma década, está aproveitando o surto de turismo para lucrar com alguns de seus empreendimentos.

A empresa planeja vender quatro hotéis e residências de marca em desenvolvimento no resort de verão de Comporta, destino preferido por celebridades internacionais e membros da realeza europeia por sua exclusividade e praias de areia branca intocadas.

A Vanguard busca uma avaliação na “casa das centenas de milhões de euros”, disse José Cardoso Botelho, CEO da incorporadora imobiliária com sede em Lisboa.

Com investidores internacionais adquirindo hotéis por todo o país, o objetivo da empresa é redirecionar seu portfólio para o mercado residencial português. Em 2024, o banco brasileiro BTG Pactual gastou €150 milhões (US$ 177 mi ou R$ 885 mi) em um hotel de luxo próximo de onde o astro do futebol Cristiano Ronaldo está construindo uma nova residência.

Já neste ano, a gestora britânica Arrow Global comprou dois hotéis, um campo de golfe e uma marina em Tróia, um resort próximo a Comporta.

Os hotéis se mostraram um dos poucos pontos positivos no setor imobiliário europeu desde que os juros começaram a subir em 2022, desafiando o longo ciclo de valorização de imóveis no continente.

A capacidade de repassar os custos mais altos aos clientes por meio do aumento nas tarifas de hospedagem protegeu os proprietários dos efeitos da inflação, enquanto o boom das viagens pós-Covid impulsionou a demanda. Portugal recebeu um recorde de 31,6 milhões de turistas em 2024, superando o ano anterior.

Em Portugal, o investimento em imóveis comerciais subiu 28%, atingindo €2,2 bilhões em 2024, com o setor hoteleiro representando cerca de um quinto desse total, segundo relatório de janeiro da Cushman & Wakefield. Investidores estrangeiros foram responsáveis por impressionantes 74% do total investido no setor.

“O setor de turismo está passando por um forte crescimento, tanto em Portugal quanto em mercados internacionais-chave”, disse Botelho, da Vanguard. “Este é o momento ideal para avançar com a venda dos ativos.”

A Vanguard espera concluir a venda dos empreendimentos em Comporta até 2026 e contratou a empresa de serviços financeiros Alantra para auxiliar nas transações, segundo Botelho. Cada um dos quatro hotéis terá entre 70 e 150 quartos e 50 a 90 residências.

A Vanguard também planeja vender 20 apartamentos em construção na região sul do Algarve, após atrasos no licenciamento que, segundo Botelho, “comprometeram” a estratégia da empresa para o projeto. Ele acrescentou que a decisão não está relacionada à situação financeira do grupo, afirmando que os níveis de endividamento estão nos menores patamares desde 2018.

“Sempre foi intenção da Vanguard se desfazer de ativos que não são centrais para o negócio”, afirmou Botelho. “Esse processo já está em andamento.”

Botelho fundou a Vanguard com o bilionário suíço-francês Claude Berda logo após se conhecerem em Portugal há cerca de uma década. Com um portfólio de investimentos que a empresa avalia em mais de €1,2 bilhão, a Vanguard é hoje uma das maiores incorporadoras de Portugal.



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