— A gente está vendo outras fontes de receita, mas as receitas da MP e do decreto do IOF eram muito importantes, e foi o que permitiu que a gente não fizesse um contingenciamento tão grande no último relatório. Mas o governo ainda está analisando, nós temos até o dia 22 de julho para fazer um novo relatório — disse.
— Essa é uma das prioridades, além de garantir que políticas públicas cheguem até a ponta. Quando o governo corta algum benefício social, ele não está cortando dele mesmo, está cortando da população. E é isso que a gente tem discutido, que essa talvez não seja a melhor solução. Quando falam que tem que tirar os pisos de saúde e educação, não é um dinheiro para o governo, é para a população brasileira — completou.
A ministra afirma que o governo vem trabalhando em medidas para equilibrar as despesas obrigatórias e melhorar os limites das discricionárias, embora nem todas sejam aceitas pelo Congresso. Quanto à dificuldade do governo de ter suas medidas aprovadas, ela diz que a discussão com o Legislativo faz parte do processo.
— Existe uma responsabilidade muito grande do Congresso brasileiro. A gente já teve vários ganhos, o presidente Hugo Motta recentemente elencou várias medidas que foram aprovadas. E esse é um processo contínuo. Faz parte do Legislativo questionar algumas medidas do Executivo e vice-versa.
A declaração foi feita à jornalistas durante evento realizado pelo BNDES, em que a ministra participou de seminário sobre “Governança e Estratégias Públicas em Inteligência Artificial”, na manhã desta terça-feira, no Centro do Rio.