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fiscalização aumenta, e total de motoristas alcoolizados cai


De acordo com dados da Operação Lei Seca, de janeiro a maio deste ano, foram parados 9.579 motoristas em Niterói, o que representa um aumento de 13,9% em relação ao mesmo intervalo de 2024, quando 8.688 condutores foram abordados. Apesar do crescimento da fiscalização, o percentual médio de alcoolemia caiu de 11,73% para 8,31%. A queda mais expressiva, segundo o levantamento, foi registrada em março, com os índices caindo de 15,06% no ano passado para 7,79% este ano. Além disso, o número absoluto de testes positivos também diminuiu: foram 792 casos entre janeiro e maio de 2024, contra 783 em 2025. Este índice corresponde à contagem total de infrações e crimes de trânsito relacionados ao álcool, como motoristas autuados, crimes identificados (acima de 0,34 mg/L), veículos retidos, CNHs apreendidas e as multas aplicadas.

Para a superintendente da Operação Lei Seca, a coronel da Polícia Militar Patrícia Monteiro, os números refletem o impacto das ações educativas e a eficácia da fiscalização em Niterói ao longo de 16 anos de atuação.

— Estamos diante de uma mudança de comportamento. Mais motoristas estão conscientes dos riscos de beber e dirigir, e isso se reflete nos índices que estamos observando. Seguiremos firmes no trabalho de prevenção e fiscalização para salvar vidas no trânsito — afirmou.

Dentro do período analisado, outras informações chamam a atenção. Apesar de os meses citados abrangerem parte significativa do verão e dos feriados de carnaval e Páscoa, a curva mostrou queda. Segundo Patrícia, nesse período as ações são intensificadas em turnos diurno e noturno. E lembrou que de dezembro de 2024 a março deste ano, a Operação Lei Seca Verão intensificou as abordagens aos motoristas, principalmente nos acessos às praias da Região Oceânica. Esse esquema contou ainda com apoio de agentes da prefeitura no patrulhamento das praias. As ações de educação na cidade também foram intensificadas. Em 2024, no mesmo período citado, foram 48 atividades. Este ano, 112.

— Não foi um fato isolado. A Lei Seca é uma política pública de sucesso. A sociedade abraçou e entendeu a importância dessa ação. Não estamos apenas diariamente nas ruas das cidades, vamos a escolas, universidades e empresas dentro de nossa dimensão educativa, contribuindo para a redução dessa combinação nociva, que é álcool e volante — enfatiza Patrícia.

Ainda de acordo com ela, foi encaminhado às plataformas digitais um pedido formal para que páginas, perfis e aplicativos virtuais que informem a localização das ações de fiscalização sejam derrubados da internet.

Outro estudo que está em curso é a mudança operacional das fiscalizações. Para torná-las mais dinâmicas, pode entrar em vigor, ainda este ano, o uso de vans-escritórios que dariam mobilidade de deslocamentos aos agentes. A intenção é poder aumentar o raio das ações e, assim, diminuir a possibilidade de infratores mudarem de rota antes de passarem pelo bloqueio.

— Uma das marcas do nosso sucesso é exatamente ninguém ter a informação de em que ponto exatamente vamos estar. Obviamente que nos concentramos nas regiões onde há maior número de bares e casas de shows, por exemplo. Mas a possibilidade de mudar de rua ou localidade é extremamente benéfica. E às vezes insistimos mais em certas regiões porque também temos equipes que trabalham diariamente analisando os dados coletados nas ruas. É assim que podemos saber quais são os locais, dias e horários que mais registramos casos de alcoolemia — diz.

A Operação Lei Seca é um programa permanente da Secretaria de Governo do Estado do Rio de Janeiro, com foco na redução de acidentes e na promoção de uma cultura de responsabilidade no trânsito, com o objetivo de salvar vidas. Atualmente, o programa conta com 300 agentes.

O especialista em trânsito Mauro dos Anjos aponta como positiva essa redução, mas faz um alerta ao lembrar que os motoristas podem negar a realização do teste do bafômetro. E isso pode criar uma espécie de dado invisível dentro da estatística. Ele ainda ressalta que as medidas de punição também ajudaram na mudança de comportamento dos motoristas.

— É importante lembrar de alguns pontos, como a multa no valor de aproximadamente R$ 3 mil, a suspensão da habilitação por um ano e a investigação criminal. Essas são dimensões importantes dentro desse contexto, pois o receio mexe no comportamento. Mas o número de motoristas alcoolizados pode ser maior. É óbvio que, em caso de o condutor apresentar dois ou mais sinais de embriaguez, o agente pode conduzir a pessoa para a delegacia sem a necessidade da realização do teste — destaca.



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