O presidente dos EUAAssim, Donald Trumpbateu em junho sua própria “mínima histórica” no número de migrantes interceptados na fronteira com o México, com 6.070, informou nesta quarta-feira o Departamento de Segurança Interna (DHS). Desde que voltou ao poder em janeiro, Trump praticamente selou a fronteira com o México, anunciou o envio de pelo menos 1.500 militares para a região e aplicou uma política migratória rígida.
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O número de travessias ilegais na fronteira caiu consideravelmente durante os últimos meses do mandato do ex-presidente democrata Joe Biden e se acentuou com o retorno de Trump à Casa Branca.
Ao longo da fronteira com o México, a patrulha de fronteira dos EUA interceptou 6.070 migrantes que tentaram entrar sem visto, ou seja, 15% a menos que em março, afirma o governo em um comunicado. Para efeito de comparação, nos dois primeiros dias de junho do ano passado foram feitas “mais de 7.000” detenções.
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No dia 28 de junho, os agentes interceptaram apenas 137 pessoas na fronteira com o México, o número “mais baixo em um único dia em um quarto de século”, comemorou o DHS.
Em nível nacional, a patrulha de fronteira interceptou 8.039 pessoas, também um marco.
A Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) registrou o menor número nacional “em sua história, com 25.243”, acrescenta o DHS. Esse número inclui também as pessoas que chegam por via marítima e pelos aeroportos.
“Isso representa uma queda de 12% em relação ao recorde anterior estabelecido pelo presidente Trump em fevereiro de 2025”, calcula o DHS.
A CBP é responsável por fiscalizar e controlar a entrada de pessoas no país, tanto em fronteiras terrestres quanto em aeroportos e portos marítimos. Seus agentes verificam documentos, autorizam ou negam a entrada de viajantes e detêm aqueles que tentam cruzar a fronteira sem visto ou permissão legal, deportando-os em seguida.
Além disso, pelo segundo mês consecutivo, a patrulha de fronteira não liberou nenhum dos migrantes em situação irregular que interceptou — ou seja, nem mesmo os solicitantes de asilo.
“Os números não mentem”, afirma a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, citada no comunicado. “O mundo ouve nossa mensagem: a fronteira está fechada para quem infringe a lei”.