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Espanha chega a 46ºC, e Itália alerta para invasão de 'espécies perigosas'


Uma onda de calor escaldante e “sufocante” atinge nesta segunda-feira o sul da Europa, onde as autoridades emitiram alertas de saúde e de incêndio, alertando para um novo aumento nas temperaturas. Espanha, Portugal, Itália e França sofrem com uma onda de calor há dias, com temperaturas chegando a 44°C e até 46ºC, no sul espanhol.

Em Madri, onde os termômetros chegaram a quase 40°C, “o calor não é normal para esta época do ano”, disse Diego Radamés, fotógrafo de 32 anos, à AFP.

No sábado, a Espanha registrou a temperatura mais alta já registrada. Os termômetros atingiram 46°C em El Granado, na região sul da Andaluzia. A máxima anterior foi de 45,2°C, registrada em Sevilha em junho de 1965, também na Andaluzia, segundo a Agência Meteorológica Estatal (AEMET).

Várias áreas da metade sul de Portugal, incluindo a capital, Lisboa, estão em alerta vermelho até a noite de segunda-feira.

Nas ruas de Lisboa, moradores e turistas tentam se proteger da melhor forma possível.

— Aconselhamos as pessoas a se refrescarem, mas ainda tivemos casos de exaustão pelo calor e queimaduras — disse a farmacêutica Sofia Monnteiro à AFP.

O risco de incêndio está no seu auge, como na ilha italiana da Sicília, onde os bombeiros combateram 15 incêndios no sábado.

Os bombeiros também estão em alerta após os incêndios na França e na Turquia no domingo, alimentados pelo calor e pelos fortes ventos.

Vinte e uma cidades na Itália estavam em alerta máximo para calor extremo no domingo, incluindo Milão, Veneza, Florença, Roma e Nápoles.

Os casos de insolação aumentaram 10% nos prontos-socorros de hospitais italianos, “especialmente em cidades que não só têm temperaturas muito altas, mas também umidade mais alta”, disse Mario Guarino, vice-presidente da Sociedade Italiana de Medicina de Emergência.

— (As principais vítimas são) idosos, pacientes com câncer ou moradores de rua, que sofrem de desidratação, insolação e fadiga — afirmou Guarino.

Em resposta a essa situação, Bolonha abriu “abrigos climáticos” para a população, e a prefeitura de Ancona distribuiu desumidificadores.

Em Roma, pessoas com mais de 70 anos podem usar piscinas públicas gratuitamente.

Nas cidades, as ondas de calor causam aumentos ainda maiores nas temperaturas devido ao “efeito de ilha de calor urbana”, explicou Emanuela Piervitali, pesquisadora do Instituto Italiano de Proteção e Pesquisa Ambiental (ISPRA).

Especialistas alertam que as ondas de calor se tornarão mais frequentes e intensas devido às mudanças climáticas.

Na França, 84 dos 95 departamentos do país, excluindo os territórios ultramarinos, estão em alerta laranja nesta segunda e terça-feira, com temperaturas que podem ultrapassar os 40°C em alguns locais: algo “nunca visto antes” no país, segundo a Ministra da Transição Ecológica, Agnès Pannier-Runacher.

— Nosso apartamento é um inferno. Vivemos na escuridão total, é um forno — disse Evan Bernard no domingo, tentando aproveitar ao máximo a onda de calor com seu filho de 18 meses à sombra de pinheiros perto de um lago ao norte de Bordeaux, no Sudoeste da França.

O calor também atrai espécies invasoras, típicas de climas mais quentes.

Esta semana, a ISPRA instou pescadores e turistas a denunciarem às autoridades caso avistem espécies venenosas “potencialmente perigosas”, incluindo o Pterois (peixe-leão), o Siganus luridus e o Siganus rivulatus, que já foram detectados nas águas do sul da Itália.



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