O país extraiu dos campos amazônicos, em 2024, cerca de 475 mil barris por dia (bd) de petróleo, dos quais exportou 73%. Sua frágil economia depende das vendas de petróleo, que naquele ano geraram US$ 8,647 bilhões (cerca de 7% do PIB).
Bruns declarou à imprensa que a empresa decretou “força maior” para o Sistema de Oleoduto Transequatoriano (Sote), o mais utilizado pelo país e que, junto com o Oleoduto de Petróleo Pesado (OCP), corre risco de sofrer danos devido à erosão causada pelas chuvas nas margens dos rios por onde passam.
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Com essa decisão, que permite evitar sanções por descumprimento de contratos de venda, “as exportações ficam suspensas até que, digamos, haja uma nova solução com a variante (no traçado) em que estamos trabalhando no Sote”, acrescentou.
Técnicos estão trabalhando no desvio dos trajetos dos oleodutos, que correm quase paralelos, com o objetivo de retomar o bombeamento de petróleo para os portos do Pacífico o mais rápido possível.
Anteriormente, o funcionário já havia antecipado que as vendas de petróleo “seriam afetadas” pela suspensão do transporte, que já provocou uma queda de 132.500 barris na produção entre terça e quarta-feira, devido ao fechamento de centenas de poços pela falta de tanques de armazenamento nos campos.
O Sote, com capacidade para 360 mil bd e responsável por transportar 60% da produção, sofreu uma ruptura enquanto o transporte estava parado. O OCP, do qual o Estado é acionista majoritário, pode transportar 450 mil bd.
Devido à atual situação climática, com fortes chuvas e previsões de que continuem pelo menos até 18 de julho na Amazônia, as autoridades não preveem uma solução rápida para a retomada do transporte.
As chuvas torrenciais causaram, desde 1º de janeiro, 52 mortes, deixaram cerca de 61 mil desabrigados e mil casas destruídas, de acordo com a Secretaria de Riscos.