Embora Scarlett Johansson tenha começado a atuar profissionalmente aos dez anos, sua popularidade só aumentou significativamente durante a adolescência. Antes dos 20 anos, ela estrelou filmes como “Ghost World: Aprendendo a viver” (2001), “O homem que não estava lá” (2001) e, especialmente, “Encontros e desencontros” (2003). Fazer sucesso ainda tão jovem também a expôs ao lado menos agradável de Hollywood, período que a artista relembrou em uma entrevista recente.
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Em conversa com o jornal britânico “The Times”, Johansson contou que muitos dos papéis que lhe foram oferecidos naqueles anos giravam em torno dos desejos e necessidades do protagonista masculino do projeto. No entanto, hoje ela tem uma visão mais otimista sobre o papel das atrizes mais jovens em Hollywood.
“Agora a mensagem é diferente. Há muito mais modelos, há mulheres visíveis em posições de poder e as oportunidades que surgiram para eu interpretar papéis de mulheres que não são necessariamente uma coisa ou outra, cresceram”, comemorou ela.
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Ao estabelecer um paralelo com seu passado, a atriz refletiu sobre a diferença do cenário em sua juventude. “Quando eu era menina, a grande maioria dos personagens que me ofereciam tinham arcos narrativos que giravam em torno de objetos de desejo, ou eram do olhar masculino, ou eram centrados em um homem. Mas agora isso é menos comum, acho que algo mudou”, ponderou.
Esse comentário vai de acordo a outros comentários feitos por Scarlett em anos anteriores, nos quais ela dizia que se sentia “hipersexualizada” e “objetificada” desde muito jovem por uma indústria que não oferecia papéis para mulheres que não fossem pouco mais do que meros enfeites.
Há algumas semanas, Scarlett Johansson se pronunciou após descobrir que sua imagem foi usada, sem autorização, em um vídeo Deepfake — técnica que consiste em utilizar imagens e vídeos para criar alterações realísticas — que a mostrava ao lado de outras celebridades. A atriz alertou em entrevista à “Vanity Fair” que o uso indevido da inteligência artificial (IA) representa uma ameaça crescente, não apenas para figuras públicas, mas também para a percepção coletiva da realidade.
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O polêmico vídeo mostra Scarlett Johansson ao lado de David Schwimmer, Jerry Seinfeld, Steven Spielberg, Adam Sandler, Natalie Portman, Lenny Kravitz e outros, vestindo camisetas que continham uma estampa de mão fazendo um gesto com o dedo médio, além de uma Estrela de Davi no centro e o nome “Kanye” escrito embaixo. A campanha foi criada com tecnologia de IA pela agência israelense Gitam BBDO em resposta às recentes ações antissemitas de Kanye West. No entanto, nenhuma das celebridades estava envolvida no projeto.
Por sua vez, Scarlett Johansson emitiu uma declaração contundente: “Minha família e amigos me informaram que um vídeo gerado por IA com minha imagem viralizou. Sou uma mulher judia que não tolera antissemitismo ou discurso de ódio de qualquer tipo. Mas também acredito firmemente que o potencial de discurso de ódio multiplicado pela IA representa uma ameaça ainda maior”.
O uso de imagens de celebridades sem o seu consentimento para fins políticos ou ideológicos é cada vez mais comum. Scarlett Johansson, visivelmente preocupada, alertou sobre os perigos da prática. “Devemos denunciar o uso indevido da IA, independentemente da sua mensagem, ou corremos o risco de perder o contato com a realidade”.
Este incidente reabre o debate sobre a ética do uso da inteligência artificial e a necessidade urgente de regulamentações claras. Também destaca o silêncio de muitas celebridades diante discursos de ódio, bem como o potencial da IA para manipular a opinião pública.