Mariana Marins, irmã da publicitária Juliana Marins — morta após uma queda durante trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia — esteve na manhã desta quarta-feira no Instituto Médico Legal (IML), no Centro do Rio, para acompanhar a liberação do corpo da jovem. Em uma fala breve à imprensa, agradeceu o apoio recebido e fez um apelo:
— A única coisa que tenho a dizer é que a autópsia aqui no Brasil foi feita. Agora a gente espera o laudo, que demora alguns dias por conta dos exames que precisam ser feitos na minha irmã. Agradeço muito ao IML, à PGE, à União e à Polícia Federal. Sem toda essa ajuda e comoção a gente não teria conseguido trazer Juliana para o Rio tão rápido, nem realizar essa autópsia. Meu pedido é: não esqueçam Juliana — disse.
Mariana afirmou ainda acreditar que houve negligência no resgate da irmã e que seu maior medo era de que o corpo não fosse encontrado:
— Quando a pessoa fica desaparecida é muito ruim. Fica uma expectativa constante. Então é bom saber que Juliana está aqui, para que a gente consiga dar esse adeus digno a ela.
A cerimônia de despedida está marcada para esta sexta-feira (4), às 10h, no Cemitério Parque da Colina, em Pendotiba, Niterói, onde a família vive. Após o velório, o corpo será cremado.
A nova necropsia foi realizada por dois peritos legistas da Polícia Civil do Rio e acompanhada por um perito da Polícia Federal e um assistente técnico da família. O exame iniciou às 8h30 e terminou por volta das 11h. O laudo preliminar deve ser concluído em até sete dias.
A expectativa da família é de que a nova perícia esclareça pontos como a data e o horário exato da morte, além de avaliar uma possível omissão de socorro por parte das autoridades locais. A primeira autópsia, realizada na Indonésia cinco dias após a morte, apontou trauma com fraturas, lesões internas e hemorragia intensa, indicando que Juliana teria morrido cerca de 20 minutos após a queda. Ainda assim, os familiares acreditam que dúvidas permanecem.
Juliana chegou ao Brasil uma semana após sua morte ter sido confirmada. O corpo desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, vindo da Indonésia em um voo da Emirates. De lá, foi trazido ao Rio em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), pousando por volta das 20h de terça-feira (1º).